Um mundo sem preconceitos


O preconceito é um dos aspectos mais redutores de qualquer sociedade ou indivíduo. Na origem, ao longo dos anos, de milhares de conflitos armados, impede o desenvolvimento pessoal e a aprendizagem. Falo de juízos preconcebidos, geralmente manifestados na forma de atitudes discriminatórias perante indivíduos, lugares ou tradições considerados diferentes e “estranhos”. Costuma indicar um forte desconhecimento acerca de alguém, ou de um grupo social ”diferente”. As formas mais comuns de preconceito são: social, étnico, racial e sexual.
De modo geral, na origem dos preconceitos encontramos as generalizações, superficiais, conhecidas por estereótipos, imagens preconcebidas.  São usados para definir e limitar pessoas ou grupos. São bem aceites em alguns meios humorísticos como manifestação “inocentes” de racismo, homofobia, xenofobia, machismo e intolerância religiosa.
Defendo que deve ser evitado qualquer tipo de estereótipo ou representação redutora no humor, nas “piadas” ou nas “anedotas”. Lamento quando vejo humoristas, por vezes em meios públicos, brincarem com povos, culturas e doenças de uma forma desrespeitosa, duplicando na sociedade a disseminação desse tipo de atitudes discriminatórias.
As representações são o conjunto de explicações, crenças e ideias que nos permitem evocar um determinado grupo de pessoas, muitas vezes de forma pejorativa, preconceituosa e estereotipada. Existem, de forma abundante, sobre grupos de indivíduos, comunidades, povos, etnias, tom de pele, cores de cabelo, clubes, bairros habitacionais, países, religiões, orientações políticas, classes, aspecto físico, género, portadores de doenças ou de deficiência, crenças, costumes e tradições.
A Internet tem também servido como veículo, ou meio, para muitas mentes perturbadas defenderem filosofias anti-sociais, preconceituosas e apelos à violência. Sendo impossível bloquear esses conteúdos, torna-se necessária uma reflexão interna constante ao navegarmos na rede e ao interagirmos em redes sociais.
Também na Internet, como na vida, o preconceito está relacionado com a ignorância. Muitas das nossas crenças foram-nos transmitidas através de estereótipos, de representações, de geração em geração, sem justificativas plausíveis que as amparem como legítimas ou verdadeiras. Em muitas delas encontramos sementes de intolerância.
Na Internet deveremos contestar as aparentes verdades absolutas, o que parece estar pronto para consumo, os rótulos, tentando reconhecer as “verdades” e as “mentiras” que por aqui vamos encontrando. Exercendo uma sistemática confrontação de alternativas, de contraditório, de procura de factos, usando a razão, a ponderação, o estudo e a experiência, poderemos obter alguns resultados significativos em prol do desenvolvimento moral e intelectual de cada um de nós.
Estarmos preparados para conhecer o “novo”, o “diferente”, com o objectivo de melhoramos e relacionarmo-nos com o futuro, é excelente. É fundamental que nos desarmemos de ideias preconcebidas, que nos dispamos de preconceitos que em nada favorecem os nossos relacionamentos e a nossa aprendizagem.
É comum acreditarmos que os preconceitos existem apenas nos “outros”, esquecendo-nos de olhar para nós próprios, de inventariar a quantidade enorme que carregamos junto dos nossos valores e crenças limitadoras, que paralisam, que criam graves dificuldades íntimas, que nos limitam pessoalmente, que limitam o nosso desenvolvimento pessoal e a nossa própria vida, que nos impedem de ser felizes e de conseguirmos o que desejamos.
Impedidos de avançar, de alcançar alguns objectivos, devido às próprias crenças pessoais, muitos queixam-se dos outros, de grupos étnicos, de comunidades, a quem atribuem culpas, o que vai reforçando, cada vez mais, as suas próprias crenças redutoras e os seus próprio preconceitos, muitas vezes até ao conflito.
A melhor forma de desconstruir esta problemática é, sem dúvida, através da disseminação do conhecimento e da formação. Acredito que assim iremos construir um mundo melhor!
Um Abraço!

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